sábado, 29 de novembro de 2008

A Palavra na Era da Imagem

Genuvina Melo *

A palavra é o mais forte elemento da comunicação humana. Fator determinante nos demais relacionamentos; seja familiar, amoroso, profissional ou social. Por meio de seu uso, realizamos os mais eloqüentes discursos, carregados de sentimentos, ideologias e, revelamos aspectos que caracterizam nossa personalidade, nossa cultura.

Ela professa duras verdades, como também, as mais doces mentiras. Pode expressar o amor, mas também incitar o ódio; restituir a paz ou armar fratricida; enaltecer ou hostilizar; demonstrar mansidão ou altivez; nutrir uma suspeita, mas tem grandeza para dirimir a dúvida. Enfim, a palavra tem a capacidade de unir ou separar a humanidade.
Pode ser suave ou grosseira, conforme lhe determine o tom. Tanto fere e magoa como acalma e apazigua. Pode vir em forma de grito ou de sussurro, em pedido de socorro ou de perdão, em forma de conselho ou mesmo de repreensão.


A palavra e a imagem sempre ocuparam espaços concomitantes em nossas vidas. Ao nascermos não temos ainda o domínio da linguagem, são as imagens que nos familiarizam com o mundo à nossa volta. Mesmo assim, acreditamos que as palavras de carinho dirigidas aos bebês, contribuam de maneira significativa para a formação do quadro familiar.


Hodiernamente, no processo de comunicação humana faz-se da imagem um forte elemento persuasivo. Percebe-se uma tendência de que a imagem venha se sobreposto à palavra, diante do vertiginoso avanço tecnológico, onde nos tornamos sujeitos iconográficos. Porém, entendemos que a palavra consegue promover, verdadeiramente, a interação.

Mas, há quem diga que um gesto – aqui dito, imagem – fala mais que mil palavras: a imagem da explosão da bomba de Hiroshima mostra a destruição e o uso nocivo da inteligência humana; o espetáculo do homem no espaço revela que os limites a transcender vão além do que os olhos podem alcançar; o triste cenário de miséria e fome na Etiópia demonstra a ausência de solidariedade e as desigualdades sociais que persistem mesmo no terceiro milênio, entre tantas outras que ferem nosso globo ocular. O fiel retrato de uma realidade que vem de encontro às vãs palavras que se utilizam alguns, em defesa de causa própria.

Considerando a relevância da imagem na era atual, é importante reconhecer que a palavra não se tornou obsoleta, seu poder continua o mesmo, desde a criação do mundo quando Deus ordenou que “o verbo se fizesse carne...” e, mais tarde, quando Jesus disse: “Passará o céu e a terra; porém as minhas palavras não passarão” (Mc. 13,31).

*MELO NETA, Genuvina de Lima. A Palavra na Era da Imagem. 26 em Agosto de 2005.
Imagens postada da Internet

A Palavra na Era da Imagem

Genuvina de Lima Melo Neta*.

A palavra é o mais forte elemento da comunicação humana. Fator determinante nos demais relacionamentos; seja familiar, amoroso, profissional ou social. Por meio de seu uso, realizamos os mais eloquentes discursos, carregados de sentimentos, ideologias e, revelamos aspectos que caracterizam nossa personalidade, nossa cultura.

Seu poder é inquestionável. Ela professa as mais duras verdades como as mais doces mentiras. Pode expressar o amor, mas também incitar o ódio; restituir a paz ou armar fratricida; enaltecer ou hostilizar; demonstrar mansidão ou altivez; nutrir uma suspeita, mas tem grandeza para dirimir a dúvida. Enfim, a palavra tem a capacidade de unir ou separar a humanidade.

Ela pode ser suave ou grosseira, conforme lhe determine o tom. Tanto fere e magoa como acalma e apazigua. Pode vir em forma de grito ou de sussurro, em pedido de socorro ou de perdão, em forma de conselho ou mesmo de repreensão.

No entanto, ao nascermos não temos ainda o domínio da linguagem, são as imagens que nos familiarizam com o mundo à nossa volta. Mesmo assim, acreditamos que as palavras de carinho dirigidas aos bebês, contribuam de maneira significativa para a formação do quadro familiar.

Hodiernamente, o processo de comunicação humana faz-se com a imagem como forte elemento persuasivo. Porém, entendemos que a palavra consegue promover, verdadeiramente, a interação.

Mas, há quem diga que um gesto – aqui dito, imagem – fala mais que mil palavras: a imagem da explosão da bomba de Hiroshima mostra a destruição e o uso nocivo da inteligência humana; o espetáculo do homem no espaço revela que os limites a transcender vão além do que os olhos podem alcançar; o triste cenário de miséria e fome na Etiópia demonstra a ausência de solidariedade e as desigualdades sociais que persistem mesmo no terceiro milênio, entre tantas outras que ferem nosso globo ocular. O fiel retrato de uma realidade que vem de encontro às vãs palavras que se utilizam alguns, em defesa de causa própria.

Considerando a relevância da imagem na era atual, é importante reconhecer que a palavra não se tornou obsoleta, seu poder continua o mesmo, desde a criação do mundo quando Deus ordenou que “o verbo se fizesse carne...” e, mais tarde, quando Jesus disse: “Passará o céu e a terra; porém as minhas palavras não passarão” (Mc 13,31).

Teresina (PI), 26 de Agosto de 2005.



* MELO NETA, Genuvina de Lima. Professora, Graduada em Letras Português – Especialização em Lingüística Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Linguagem e Interação


"É preciso pensar a linguagem humana como lugar de interação, de constituição das identidades, de representação de papéis, de negociação de sentidos, por palavras, é preciso encarar a linguagem não apenas como representação do mundo e do pensamento ou como instrumento de comunicação, mas sim, acima de tudo, como forma de interação social"
(KOCH, 2003, p.128).